arte e esculturas sobre-vivências
tita m.b
O projeto Escultura Varal Sobre Vivências foi realizado durante mestrado na UFF com moradores dos morros do Palácio e Cavalão em Niterói. Agrega pessoas que não trabalham com arte ou vivem a experiência artística no seu dia a dia, criando uma escultura de encontros, entrelaçada por uma construção pedagógica de vivências corporais (práticas de consciência corporal: yoga, dança, ritmo) e por agenciamentos socioambientais.
Os fios do varal desenham a transversalidade entre a arte e a sociedade, ressignificando o elemento utilitário de secagem de peças do dia a dia e trazendo à luz narrativas invisíveis, tecidas por artistas, trapeiros, cerzidores, que estendem nas suas cordas um território do devir da arte como acontecer solidário.
Ação espontânea de alguns participantes em sair e fotografar os varais do morro como parte integrante e reconhecida da sua paisagem. Foto: Josemias Moreira Filho, Morro do Palácio, 2015.
Os encontros conseguem germinar novos protagonismos na produção de imagens e na reinvenção da paisagem, até então invisível como significante simbólico e social, por meio de um processo artístico essencialmente híbrido. Foto: Jessika Gonçalves, Morro do Palácio, 2015.
Exploração gráfica da memória com uma cartografia de encontros, desenhada e escrita nos próprios corpos, contornados e delineados em folhas de papel.
Participantes: Jessika, Josekelly, Aline, Jefferson, Eduardo, Neia, Carla, Érica, Yngrid, Shirley e Denair. Também contribuíram com o processo pacientes do Posto dos Médicos de família do Ingá.
Um jogo. Me jogo.
Quando um corpo ‘encontra’ outro corpo, uma ideia outra ideia tanto acontece que as duas relações se compõem para formar um todo mais potente. (G. Deleuze)
Oportunidade de cada um de transformar todo instante de sua vida num instante de aprendizado, de participação e de cuidado