arte e esculturas sobre-vivências
tita m.b
O corpo-paisagem manifesta a consciência das extensões e confluências entre um mundo vivo e um corpo vivo. Uno. e singular. Nas pinturas, as geometrias das extensões de loteamentos do mundo invadem, destroem ou transmutam as geiametrias (ou gaiametrias) da floresta. A presença do boi articula entre as telas aspectos paradoxais, desde que emana os sentidos das invasões territoriais, da violência, do domínio, dos desequilíbrios ambientais, também da servidão, do cativeiro, da castração e das opressões subjetivas, mas que, por outro lado, tem algo ainda sutilmente indomável, amoroso e bravio. Um boi, corpo-paisagem, que resta como produto de consumo em série, mas virtualmente, quem sabe, potente de encantamentos, resistências e terrexistências. O boi sou eu, somos nós, reses, procurando escapar e confrontar a todos os currais e abates do mundo.